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A Prefeitura de Betim dá início, na próxima segunda-feira (13), ao primeiro Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2025. A pesquisa tem como objetivo identificar o atual cenário da infestação do mosquito transmissor das arboviroses dengue, chikungunya, zika e febre amarela no município. O trabalho de campo ocorrerá até o dia 24 de janeiro, e o resultado será divulgado em fevereiro.
Cerca de 8 mil imóveis de todos os bairros da cidade receberão a visita dos agentes de combate a endemias (ACEs), que irão recolher amostras de larvas de mosquitos para análise. O resultado do LIRAa direcionará as próximas ações de controle e eliminação do Aedes aegypti em Betim.
De acordo com o Programa Nacional de Controle da Dengue, do Ministério da Saúde, o LIRAa deve ser realizado entre duas a quatro vezes ao ano, nos meses de janeiro, março e outubro. O método permite identificar de forma rápida, por meio de amostragem, o percentual de áreas das cidades com maior incidência de focos de larvas do mosquito e os tipos de criadouros predominantes.
O último levantamento, concluído em novembro de 2024, acendeu um sinal de alerta na cidade. O Índice de Infestação Predial (IIP) do município foi de 2,5%, ou seja, a cada mil imóveis pesquisados, 25 tinham focos do mosquito. Esse índice indica um risco médio para uma possível epidemia de dengue e chikungunya. Ainda segundo o resultado, mais de 95% dos focos encontrados estavam nas áreas internas ou quintais dos imóveis e menos de 5% estavam em lotes vagos ou terrenos baldios.
Ações de Controle Com o resultado do último LIRAa, a prefeitura intensificou, em novembro e dezembro, as ações para controle da infestação do mosquito em toda a cidade. Os ACEs reforçaram as vistorias domiciliares nas áreas mais infestadas, e mutirões de limpeza nas regionais que apresentaram maior IIP - Icaivera, Vianópolis e Norte - foram realizados.
Entre os dias 16 e 20 de dezembro, a prefeitura realizou a Semana de Combate à Dengue nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Na iniciativa, agentes comunitários de saúde (ACSs) intensificaram as visitas domiciliares, distribuindo material informativo e orientando as famílias sobre as formas de controle da infestação do mosquito. Além disso, para incentivar a vacinação contra a dengue, as equipes das UBSs realizaram busca ativa de crianças entre 10 e 14 anos - público contemplado pela imunização - que ainda não haviam sido vacinadas ou estavam com o esquema vacinal em atraso.
Também em novembro, a prefeitura iniciou o mapeamento aerofotogramétrico de áreas críticas que historicamente apresentam maior incidência de casos de arboviroses e infestação do mosquito. O trabalho realizado com o uso de um drone permite a classificação dos pontos de interesse, incluindo as coordenadas geográficas, o endereçamento e a imagem digital dos locais. Os resultados estão subsidiando relatórios gerenciais personalizados, com informações necessárias para a tomada de decisões no âmbito da vigilância ambiental para um combate mais assertivo ao Aedes aegypti.
"O combate ao Aedes aegypti é uma responsabilidade de todos, especialmente no período chuvoso, quando a água acumulada em pequenos recipientes pode se transformar em criadouros do mosquito. Cada cidadão deve vistoriar regularmente sua casa e eliminar pontos de água parada, como tampinhas, vasos e calhas. Pequenas ações, como tampar caixas d’água e descartar corretamente recipientes, fazem uma grande diferença na prevenção de doenças como dengue, chikungunya e zika. Juntos, podemos proteger nossas famílias e nossa comunidade, garantindo mais saúde para todos”, afirma a secretária municipal de Saúde, Jaqueline Santana.
Dados epidemiológicos Em 2024, Betim passou pela maior epidemia de dengue e chikungunya de sua história. Segundo dados da Vigilância Epidemiológica, foram registrados na cidade 53.506 casos confirmados de dengue e 14 óbitos pela doença. Em relação à chikungunya, foram registrados 3.395 casos confirmados e cinco óbitos. Não foram registrados casos de zika.