A Prefeitura de Betim deu início, nesta segunda-feira (9), à campanha de reforço e ampliação da vacinação contra a coqueluche na cidade. Além de crianças de 2 meses a 4 anos, devem ser imunizados gestantes e puérperas, trabalhadores e estagiários de saúde - especialmente aqueles que atuam nas áreas de ginecologia/obstetrícia, neonatologia e pediatria -, doulas e trabalhadores de berçários e creches que cuidam de crianças com até 4 anos. As vacinas que protegem contra a coqueluche estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde UBSs) do município, das 8h às 17h, e no Vacimóvel, conforme programação semanal. A campanha vai até 31 de março de 2025.
A iniciativa, que tem o objetivo de ampliar a proteção vacinal contra a coqueluche, segue orientação do Governo de Minas, que identificou um aumento considerável do número de casos da doença no Estado em 2024. Dados da Secretaria de Estado de Saúde apontam que Minas registrou, até a primeira semana de dezembro deste ano, 492 casos da doença e dois óbitos, um cenário bem diferente dos anos anteriores. Em 2023, por exemplo, foram 13 casos confirmados e nenhum óbito. Em 2022, foram 14 registros, sem casos de óbitos. E em 2021, foram 15 casos e também nenhum registro de óbito em decorrência da coqueluche.
Em Betim, o número de casos também aumentou em 2024, mas sem registros de óbito.
Esquema vacinal
As crianças devem receber a vacina Pentavalente, que, além de prevenir a coqueluche, protege contra difteria, tétano, hepatite B e infecções causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b. O esquema vacinal é de três doses aos 2, 4 e 6 meses de vida. Duas doses de reforço com o imunizante DTP (tríplice bacteriana infantil) devem ser aplicadas aos 15 meses e aos 4 anos.
Já os adultos que fazem parte grupos atendidos recebem a vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto), que protege contra a coqueluche, a difteria e o tétano.
A doença
A coqueluche é uma infecção respiratória, altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios). Sua transmissão ocorre pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas eliminadas pela tosse, espirro ou até mesmo pela fala.
Os sintomas da doença são semelhantes aos de um resfriado, como febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca, que pode evoluir para crises de tosse mais intensa, gerando vômitos e dificuldades para respirar. Crianças menores de seis meses podem apresentar complicações que, se não tratadas corretamente, podem levar à morte.
A vacinação é a principal forma de prevenção da coqueluche.