A Prefeitura de Betim concluiu, na última semana, o Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) do mês de maio. O estudo, que é realizado de duas a três vezes por ano, permite conhecer o cenário atual da infestação do mosquito transmissor das arboviroses dengue, chikungunya e zika na cidade. Segundo o resultado, o Índice de Infestação Predial (IIP) do município está em 0,8%, ou seja, a cada mil imóveis pesquisados, oito tinham focos do mosquito. Isso significa que, neste momento, há baixo risco de epidemia na cidade. Ainda segundo o resultado, 95,5% dos focos encontrados estão nas áreas internas ou quintais dos imóveis e 4,5% em terrenos baldios e lotes vagos.
O LIRAa é um método de monitoramento simplificado que permite a obtenção de forma rápida dos índices de infestação e de distribuição do vetor Aedes aegypti no território, bem como os tipos de criadouros predominantes. Para o levantamento, realizado entre os dias 16 e 31 de maio, foram visitados 8.553 imóveis em todos os bairros da cidade, que foram divididos em 20 estratos. As amostras de larvas de mosquitos coletadas durante as vistorias foram encaminhadas para análise no laboratório do Centro de Controle de Zoonoses e Endemias (CCZE).
Dos 20 estratos pesquisados, oito apresentaram IIP igual ou maior que 1%, indicando um sinal de alerta para alguns bairros destas regiões. São eles:
Citrolândia (1,8%) - bairros Citrolândia, Navegantes, Santa Isabel, São Marcos e São Salvador
Teresópolis II (1,5%) - bairros Novo Amazonas, Renascer e Riacho III
Imbiruçu II (1%) - bairros Industrial São Luiz e São Caetano
Imbiruçu III (1,3%) - bairros Parque das Acácias e Recreio dos Caiçaras
Alterosas III (1,3%) - bairros Jardim das Alterosas 2ª Seção
Alterosas IV (1%) - bairros Espírito Santo e Nossa Senhora de Fátima
Centro III ( 1,1%) - bairros Jardim Petrópolis e São João
Norte II (1,3%) - bairros Ingá Baixo e Nossa Senhora das Graças
Os principais tipos de criadouros encontrados foram depósitos de água elevados (caixas d’água) e ao nível do solo (tambores e barris); depósitos móveis (vasos e pratos de plantas, materiais de construção); inservíveis (lixo seco) e depósitos fixos (calhas, toldos e piscinas).
Com base nos resultados, os agentes de combate a endemias (ACEs) intensificarão as ações de vistoria nas áreas onde foram identificados os focos do mosquito. Os trabalhos incluem orientação dos moradores para a eliminação dos reservatórios, distribuição de capas para os reservatórios de água e tratamento com inseticida de baixa toxicidade quando indicado. Serão realizadas também ações de educação com a população para o descarte adequado de resíduos, mutirões de limpeza e vistorias em estabelecimentos de reciclagem.
“A intensificação do trabalho de controle da infestação que a prefeitura vem realizando desde janeiro está dando resultados. Mas o baixo índice de infestação registrado em maio não significa que devemos relaxar nas ações de combate ao mosquito. O trabalho de vistoria dos agentes de endemias é contínuo e realizado ao longo de todo o ano. E a população deve se manter atenta, realizando a limpeza periódica de suas casas, eliminando ou tampando objetos que possam acumular água”, ressalta a diretora de vigilância em saúde, Fábia Ariane e Fonseca.