Em reunião realizada na manhã deste sábado (5) entre a gestão municipal e representantes da Copasa, a prefeitura cobrou, novamente, uma solução definitiva por parte da concessionária para a crise de abastecimento de água que afetou diversos bairros da cidade. Betim cobrou, também, mais transparência da companhia sobre as ações de reparo da adutora rompida - que provocou a interrupção do fornecimento de água em pelo menos três regiões do município - e sobre as medidas alternativas adotadas para amenizar o problema. A prefeitura ressaltou a necessidade de clareza e objetividade nas informações passadas pela Copasa para que a administração possa se preparar para eventuais ações emergenciais e para que a população seja constantemente atualizada sobre o andamento dos trabalhos.
A companhia informou que a operação de desvio do abastecimento pelo Sistema Rio Manso foi iniciada na noite desta sexta-feira (4). Segundo a Copasa, o sistema foi interligado às redes e adutoras que abastecem a região de Vianópolis, o que dará fôlego para o fornecimento de água aos bairros daquela área.
A concessionária declarou, também, que será instalado, na segunda-feira (7), um sistema com 600 mm de diâmetro para contribuir com o abastecimento. Essa etapa deve durar cerca de 20 dias. Na reunião, representantes da companhia admitiram que o fornecimento de água de outros municípios está sendo desviado para Betim no intuito de amenizar o problema.
Situação de emergência
Em decorrência do rompimento de adutora da Copasa localizada na travessia do Rio Paraopeba, vários bairros das regiões Centro, Vianópolis e Norte tiveram o fornecimento de água comprometido. A região de Vianópolis é a mais afetada até o momento, com mais de dez bairros sendo abastecidos apenas por meio de caminhões-pipa da concessionária.
Nesta sexta (4), nove escolas da rede municipal de ensino tiveram as aulas suspensas em consequência do desabastecimento. Além disso, unidades de saúde e de assistência social também registraram falta de água e precisaram ser abastecidas por caminhões-pipa. Diante desse cenário, a Prefeitura de Betim decretou situação de emergência no município. Conforme estabelece o documento nº 43.272, publicado em edição extra do Órgão Oficial, todas as pastas da administração direta e indireta estão autorizadas a adotar as medidas necessárias para minimizar os efeitos causados pela interrupção do abastecimento. Além disso, a prefeitura recomenda aos cidadãos o uso racional da água a fim de evitar a escassez total no município, o que paralisaria os serviços essenciais à população.
A Prefeitura de Betim ressalta que seguirá cobrando da Copasa uma solução rápida e definitiva para o problema.