Ir para o conteúdo

O último domingo de janeiro é considerado o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase e também o Dia Mundial Contra a Hanseníase. A data serve de alerta para uma doença que ainda atinge a população e está cercada de mitos e preconceitos. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa a segunda posição em número de casos de hanseníase no mundo, atrás apenas da Índia. Em 2021, foram identificados 18.318 casos novos da doença no país, sendo que 1.504 apresentavam grau 2 de incapacidade física, ou seja, lesões graves nos olhos, mãos ou pés. Em Betim, foram registrados seis novos casos de hanseníase, em 2021, e outros seis em 2022.

Na cidade, a data é lembrada no Concerto Contra o Preconceito, que está em sua 29ª edição, com o tema “Hanseníase tem cura e o preconceito também”. O evento, que ocorre de 23 a 29 de janeiro, traz ao público, além de atividades culturais, informações sobre a doença e estímulo ao diagnóstico precoce. A programação das atividades pode ser acessada pelo portal da prefeitura https://bit.ly/3XjI450 .

Causada pela bactéria Mycobacterium Leprae (bacilo de Hansen), a hanseníase é  uma doença infecciosa que afeta a pele e os nervos periféricos. Sua transmissão se dá pelo contato com secreções nasais, gotículas da fala, tosse e espirro de doentes sem tratamento. Se não cuidada, a doença pode causar sequelas permanentes e incapacitantes, como deformidades e mutilações, redução da mobilidade dos membros e até cegueira.

A hanseníase tem cura e quanto mais rápida tratada, menor é o risco de  agravamento da doença. As 38 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do SUS Betim oferecem acolhimento, atendimento médico para realização do diagnóstico precoce e tratamento, que é gratuito.

Caso a pessoa apresente algum sinal ou sintoma suspeito, deve procurar a UBS de referência para passar por avaliação médica. Os principais sinais e sintomas da doença são:

– manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade dolorosa, térmica e tátil;

– sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros;

– perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração;

– inchaço e dor nas mãos, pés e articulações;

– dor e espessamento nos nervos periféricos;

– redução da força muscular, sobretudo nas mãos e pés;

– caroços no corpo;

– pele seca;

– olhos ressecados;

– feridas, sangramento e ressecamento no nariz;

– febre e mal-estar geral.