Teve início nesta segunda-feira (4) o internato em Saúde Coletiva para 36 estudantes do curso de Medicina da PUC Minas Betim. Ao longo de duas semanas, os alunos do 10º período terão vivência prática em diferentes setores da Secretaria Municipal de Saúde, com foco na gestão do SUS, na vigilância em saúde e no planejamento das ações voltadas ao cuidado da população.
Além de ser uma etapa fundamental na formação médica, o internato gera impactos positivos nos serviços de saúde pública do município. Os internos participam de atividades interdisciplinares, acompanham o cotidiano das unidades e propõem análises críticas sobre os processos de trabalho, contribuindo com novas ideias e perspectivas. Ao final da experiência, os estudantes apresentam um projeto de intervenção baseado na realidade observada, com propostas voltadas à melhoria dos processos, da gestão ou da atenção à saúde. Essa integração entre universidade e serviço público fortalece a atenção integral à saúde e estimula uma atuação médica mais consciente dos determinantes sociais que influenciam o bem-estar da população.
Durante o estágio, os alunos vivenciam, na prática, o conceito ampliado de saúde previsto na Lei Orgânica da Saúde (Lei Federal 8.080/1990), que abrange não apenas o tratamento de doenças, mas também ações de promoção, prevenção e reabilitação - sempre articuladas com políticas públicas de educação, moradia, meio ambiente, trabalho, transporte, lazer e garantia de direitos essenciais.
Para a secretária municipal de Saúde, Jaqueline Santana, a presença dos estudantes representa um avanço importante na qualificação do cuidado. “Ao integrar esses futuros médicos à nossa rede, abrimos espaço para um processo de formação mais sensível à realidade da saúde pública. Eles aprendem com o território, com os profissionais e com os desafios da gestão do SUS. E nós ganhamos com o olhar renovado, com a troca de saberes e com propostas que fortalecem a qualidade do cuidado e reafirmam a saúde como direito de todos”, afirmou.