Nova tecnologia orgânica não oferece risco à saúde de humanos e de animais
A Prefeitura de Betim está utilizando um novo larvicida biológico para a eliminação de larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses - dengue, zika e chikungunya. O produto é feito à base de espinosade, inseticida desenvolvido a partir da fermentação biológica da bactéria Saccharopolyspora spinosa, encontrada naturalmente no solo. O larvicida é orgânico e seu uso é seguro, não apresentando riscos para a saúde de humanos e de animais.
O biolarvicida, que é distribuído pelo Ministério da Saúde dentro do Programa de Controle das Arboviroses, vem em forma de pastilhas que possuem duas camadas, uma efervescente para ação imediata e outra de liberação lenta para ação residual, que tem efeito por até 60 dias.
O uso de larvicida é recomendado para tratar criadouros de Aedes aegypti que não possam ser eliminados ou manejados de outra forma, como caixas d’água e tambores, principalmente aqueles com capacidade de pelo menos 50 litros. A aplicação de larvicida é um tratamento complementar ao manejo ambiental, que consiste na eliminação manual de depósitos de água, limpeza de áreas com lixo acumulado, vistoria das residências e orientação da população.
A bióloga Vânia Santos garante que o espinosade é um biolarvicida eficiente no controle das larvas do Aedes aegypti e seguro para a população. “O espinosade tem baixo impacto ambiental, pois não é cumulativo, nem poluente. Além disso, seus efeitos são somente sobre as larvas, sendo seguro tanto para os profissionais que fazem a aplicação, como para moradores e seus animais de estimação”.