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A Prefeitura de Betim promove, a partir deste sábado (19), a Campanha de Vacinação Antirrábica 2023. Podem receber a imunização cães e gatos acima de 3 meses de idade e em bom estado de saúde. Estima-se que haja na cidade cerca de 60 mil cães e 17 mil gatos. A meta da prefeitura é alcançar uma cobertura vacinal de 90% desses animais. Para melhor atender a população, a equipe do Centro de Controle de Zoonoses e Endemias (CCZE) realizará a vacinação nos próximos três fins de semana, em postos-volantes montados em diferentes locais das dez regiões da cidade.
A vacinação começa nas regionais Alterosas, Vianópolis e Icaivera. No sábado seguinte, dia 26, será a vez das regionais Centro, Norte e Citrolândia receberem os postos de vacinação. No domingo (27), as equipes estarão nas áreas rurais da cidade. Por fim, no dia 2 de setembro, a vacinação será nas regionais PTB, Imbiruçu e Teresópolis. Os pontos e horários de vacinação podem ser acessados no portal da prefeitura pelo link www.betim.mg.gov.br/antirrabica.
Rotineiramente, a vacina antirrábica está disponível na sede do CCZE, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Durante a campanha, a unidade também estará aberta para vacinação aos sábados - 19 e 26 de agosto e 2 de setembro -, das 8h às 17h.
A Secretaria Municipal de Saúde alerta que o vírus da raiva tem circulado em áreas urbanas e há risco de transmissão da doença para animais domésticos e também para humanos. O Estado de Minas Gerais registrou, em 2022, casos de raiva canina e felina. Além disso, o número de morcegos contaminados capturados em área urbana está aumentando.
“A vacina é a melhor forma de proteção contra a raiva, que é uma doença altamente letal. Somente a proteção coletiva dos animais domésticos garante uma barreira imunológica para interromper a transmissão do vírus. Por isso, reforçamos a importância dos tutores levarem cães e gatos para que sejam vacinados contra a doença”, afirma a diretora de Vigilância em Saúde, Fábia Ariane e Fonseca.
A Raiva A raiva é uma doença grave, que pode ser transmitida tanto para o ser humano como para os animais pela saliva de mamíferos infectados, por meio de mordidas, arranhões, lambidas ou machucados. Tanto na área urbana quanto nas zonas rural e silvestre, o morcego é o reservatório do vírus e fonte de transmissão para os outros animais. Na área urbana, a raiva é mais comumente transmitida por cães e gatos contaminados. Em ambientes rurais e silvestres, a doença pode ser transmitida por animais como bovinos, equinos e micos.
Cães e gatos com suspeita de raiva apresentam sintomas como salivação espessa e excessiva, paralisia, falta de apetite, hidrofobia, fotofobia, dilatação das pupilas, além de alterações de comportamento, como agressividade, auto-ataque, cansaço e reclusão em locais escuros.
Em casos suspeitos de infecção por raiva em cães e gatos, a população pode acionar o CCZE pelo telefone 3594-5424 ou por mensagem via whatsapp para o número 99928-2277. Uma equipe fará a observação clínica do animal na residência. Se a suspeita for referente a um animal de rua, ele será recolhido para observação clínica na sede da unidade.
Pessoas que sofrerem agressão de animais com suspeita de raiva devem procurar rapidamente atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência ou em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima para serem avaliadas e, se necessário, receberem a vacina ou soro antirrábico.
Segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados, em 2022, cinco casos de raiva humana no Brasil - quatro casos no município de Bertópolis, em Minas Gerais, e um caso no Distrito Federal. Em 2023, até o momento, dois casos de raiva humana foram notificados no país - um em Mantena-MG e outro em Cariús-CE.