A Casa da Cultura Josephina Bento recebe, a partir desta sexta-feira (21), a exposição “Pluralidade em Cinco Tempos”, do artista Robson Emerick. O lançamento da mostra está marcado para as 19h. Durante o evento, os visitantes também poderão apreciar uma apresentação de jazz com o músico Jimi Oliver. A exposição permanecerá na Casa da Cultura até o dia 30 de novembro e poderá ser visitada gratuitamente, de segunda a sexta, das 9h às 17h.
O título da exposição foi escolhido pelo curador Marcos Esteves, que destaca que Robson é um artista plural, com uma trajetória como artista plástico e designer que permeia áreas da arquitetura, paisagismo, design, gastronomia, cenografia e moda, e que tem ganhado espaço no cenário cultural nacional. Pelos salões da Casa da Cultura e também em seu quintal estarão dispostas várias obras do artista, que faz do minério de ferro o protagonista na composição de todas elas, construindo novas possibilidades de incorporá-lo à arte.
Robson já foi convidado para expor em grandes eventos e contou com parcerias renomadas da arquitetura e do cenário da moda, como o estilista Ronaldo Fraga. Suas peças estiveram presentes em eventos como CasaCor Minas, BH Design Festival, Minas Trend Preview e Semana Internacional do Café. Ao todo, Emerick já assinou cerca de 300 obras exclusivas e mais de mil desenhos.
Um dos destaques da exposição é uma máscara gigante feita em aço, medindo mais de um metro de largura. A peça, batizada de “O Tempo”, foi concebida em meio à pandemia do coronavírus, em 2021, e retrata um dos principais símbolos de enfretamento ao vírus. A inspiração para a produção da máscara foram os clássicos filmes da trilogia “Mad Max”. Segundo Emerick “a obra tem a proposta de provocar questionamentos sobre o coletivismo e a ecologia, de despertar a consciência de que nossas ações individuais podem influenciar a vida de tantos outros, porque, neste mundo, tudo está interligado e isso ficou muito claro na pandemia”, relata o artista.
“Além da peça, todo o meu trabalho também possui um cunho sustentável. Desenvolvo minhas obras com resíduo industrial em aço, madeira e vidros, tendo a consciência do reaproveitamento da matéria prima coletada, buscando o máximo respeito ao meio ambiente”, acrescenta Emerick.
“São tantas as riquezas das nossas minas que recebemos o nome de Minas Gerais. Robson Emerick é uma dessas riquezas, que, com sua arte e seu olhar sensível, transforma o ferro e o aço muitas vezes descartado nos processos industriais em peças exclusivas e cheia de significados. Convido todos a visitarem a exposição e conhecerem um pouco mais desse grande artista mineiro”, convida o secretário de Arte e Cultura, Gê Rodrigues.
Rock na Casa
As obras de Robson Emerick, que estarão dispostas no quintal da Casa da Cultura, poderão ser conferidas durante o evento “Rock na Casa” que contará com o show “A Grande Alma”, uma parceria entre a banda de Rock Ozome e a Orquestra Sinfônica de Betim. As peças que vão compor a cenografia do palco também são assinadas por Emerick.