A Secretaria Municipal de Saúde de Betim marca presença no XVIII Congresso Latino-Americano de Medicina Social e Saúde Coletiva (Alames), que teve início no dia 4 e vai até 8 de agosto na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Reconhecido como um dos principais fóruns de debate sobre saúde coletiva nas Américas, o evento reúne especialistas de diversos países para discutir temas como democracia, equidade, sistemas universais de saúde e determinação social da saúde.
Betim contribui com a apresentação de 12 trabalhos e uma oficina pré-congresso, resultado de experiências desenvolvidas no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET-Saúde Equidade, em parceria com a PUC Minas Betim, além de três pesquisas técnicas voltadas à atenção básica, à saúde da adolescência e à atenção à população indígena. A participação reforça o compromisso da gestão municipal com a valorização dos trabalhadores da saúde e com a construção de políticas públicas inovadoras, inclusivas e baseadas em evidências.
Completando um ano de atuação no município, a 11ª edição do PET-Saúde desenvolve ações voltadas à promoção da equidade no ambiente de trabalho, prevenção de violências e valorização das trabalhadoras do SUS Betim. Os trabalhos apresentados abordam temas como prevenção do suicídio, controle social, autocuidado e acolhimento de profissionais em unidades hospitalares. A “Oficina dos Sentidos” também integra a programação oficial do evento, com foco na escuta ativa e na humanização das relações de cuidado.
Outras três experiências técnicas ampliam a contribuição de Betim no congresso. O primeiro trabalho, sobre rastreamento de retinopatia diabética, apresenta resultados expressivos na triagem precoce de alterações oculares em usuários com diabetes. O segundo analisa as vivências de violência entre adolescentes em Betim e Belo Horizonte, evidenciando como fatores socioeconômicos impactam suas percepções e trajetórias. Já o terceiro descreve a construção de um plano de ações específicas para atender a população indígena venezuelana da etnia Warao, residente na Ocupação Terra Mãe. O plano, construído com a participação da equipe da UBS Campos Elíseos, lideranças comunitárias e apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), sistematizou ações e garantiu o acesso dessa população ao cuidado em saúde de forma estruturada e culturalmente sensível.
Para a secretária municipal de Saúde, Jaqueline Santana, a presença expressiva de Betim no Congresso reflete o compromisso da gestão com uma saúde pública mais inclusiva, técnica e humanizada. “É uma grande honra ver o SUS de Betim representado nesse importante espaço latino-americano. Estar em diálogo com pesquisadores, gestores e profissionais de diferentes países nos fortalece e valida as experiências que temos construído com muito compromisso”, destacou.
A presença de Betim no Congresso Latino-Americano de Medicina Social e Coletiva reafirma o protagonismo da cidade na construção de uma saúde pública mais sensível às realidades do território e mais comprometida com a equidade.