Número de casos confirmados da doença tem aumentado em todo o país
A coqueluche é uma infecção respiratória altamente transmissível, causada pela bactéria Bordetella pertussis, e pode evoluir para formas graves, especialmente em bebês menores de seis meses. Em 2024, os casos da doença, que estavam em queda nos últimos anos, voltaram a crescer em todo o Brasil, acompanhando uma tendência global. Diante do aumento da incidência de coqueluche, a Prefeitura de Betim está reforçando a importância da vacinação como principal medida de prevenção. Desde dezembro, seguindo as diretrizes do Governo de Minas, o município ampliou até o dia 31 de março o público-alvo da imunização contra a doença.
Além dos grupos já contemplados no Calendário Nacional de Vacinação - crianças a partir de 2 meses até menores de 7 anos, gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto) não vacinadas durante a gestação -, a vacina também está disponível para trabalhadores e estagiários da Saúde, doulas e profissionais que atuam em berçários e creches com crianças de até 4 anos.
Apesar dos esforços para ampliar a cobertura vacinal, os índices ainda estão abaixo da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde para as crianças de até 6 meses de idade. A vacina pentavalente alcançou 84,6% de cobertura, quando o ideal é 95%. A cobertura para as gestantes, que recebem a dTpa, está em 95%. Já a vacina DTP, usada como reforço para crianças de 15 meses a menores de sete anos, atingiu 100% de cobertura.
A coqueluche é uma importante causa de morbimortalidade infantil. A imunização de crianças e gestantes assegura a proteção contra a doença e suas complicações. A vacinação das gestantes garante a transferência de anticorpos ao bebê ainda no útero, prevenindo casos graves nos primeiros meses de vida. “Estamos acompanhando o cenário da doença na cidade e, para que haja redução do número de casos, é necessário manter a cobertura vacinal acima da meta de 95%, principalmente para as crianças menores de 7 anos”, explica a diretora de Vigilância em Saúde do município, Leandra Alves de Paula.
Segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados, em 2023, 214 casos confirmados da doença no país. Em 2024, esse número subiu para 6.760. Em Betim, o cenário é semelhante: entre 2019 e 2023, apenas um caso de coqueluche foi confirmado na cidade. Em 2024, foram registrados oito casos confirmados da doença e, em 2025, já são quatro confirmados.
As vacinas que protegem contra a coqueluche estão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Betim, das 8h às 17h, além do Vacimóvel, conforme a programação semanal. No ato da vacinação, o cidadão deve apresentar documento de identificação e um comprovante de vínculo empregatício, quando necessário.